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Realidade Virtual: VR será o futuro da indústria cinematográfica?

Alguns meses atrás, a ideia de ter um grande debate sociopolítico em Realidade Virtual era um conceito surreal levantado das páginas da ficção científica especulativa. Foi preciso uma pandemia para mudar isso.

Eram três da manhã em Nairóbi, na Quênia, quando um homem chamado Paul Simon – sem relação com o cantor – colocou seu óculos de realidade virtual e organizou um debate sobre George Floyd (via IndieWire). O pequeno evento na Altspace, uma comunidade social administrada pela Microsoft, reuniu cerca de uma dúzia de avatares de desenhos animados em pé ao redor de uma mesa digital

  • A VR não pode substituir Cannes, mas será a anfitriã do Cannes XR, um mercado de realidade virtual com festas virtuais
  • A VR não pode substituir o cinema, mas já recebeu exibições de estreia e sessões de perguntas e respostas para filmes que estavam programados para serem exibidos em festivais reais que foram cancelados.
  • E a VR não pode substituir o cinema, mas é uma plataforma para os contadores de histórias encontrarem novas maneiras de explorar o meio.
  • Nada em VR pode capturar a solidariedade emocional de participar de um protesto ou o dever civil de se aventurar nas urnas, mas pode complementar aspectos da sociedade, como agora na necessidade desesperada de se reunir em lugares e pensar em voz alta.

Dito isto, as barreiras para conseguir entrar na realidade virtual são reais. Os óculos não são nada baratos, as ofertas mais chamativas do Oculus Quest podem ser achadas por US$ 400, isso se você conseguir um, eles esgotam rapidamente. O óculos HTC Vive tem sistemas disponíveis a partir de US$ 700. Um Oculus Go tem um preço abaixo dos seus concorrentes, podendo ser achado até por US$ 250, acontece que há uma razão pela qual o Oculus Go é mais barato: oferece movimento e acesso limitados.

Divulgação: Oculos Go

Outra barreira encontrada é que a Altspace não pode replicar exatamente a experiência de cinema; a tecnologia não suporta vídeo de alta resolução. O aplicativo que avança nessa frente é o BigScreenVR, onde os usuários podem se reunir em cinemas virtuais com estranhos e amigos. Mas quem quer fazer isso com discos rígidos aquecidos amarrados na testa?

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Em abril, após o cancelamento do DocFest de São Francisco, o cineasta por trás do painel “Ask No Questions” organizou uma exibição no BigScreen para beneficiar o fechado Roxy Theatre da cidade. Como a tecnologia pode sustentar apenas uma dúzia de pessoas por vez, o diretor Jason Lofty realizou quatro sessões consecutivas com perguntas e respostas após cada uma.

Lofty sabe que a tecnologia ainda tem que avançar para alcançar uma multidão normal de festivais. “Não há um público interno para isso”, disse ele. “Por ser um novo experimento no mundo dos filmes, muitas pessoas não têm os óculos. Então, não tem como você ir na sala de bate-papo do Discord dizendo: ‘Ei, pessoal, venham ao meu filme!’”. No entanto, ele acrescentou que a experiência em VR superou a alternativa que muitos festivais ofereceram para soluções on-line: “Foi como uma  reminiscência de uma exibição em um festival. Nos deu esse tipo de sentimento. Você não sente isso quando lança um filme on-line e conversa pelo Zoom.”

Você acredita que a Realidade Virtual vai superar suas barreiras e alcançar o grande público? Comente abaixo.

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